CRMV-MT orienta ampliação de parcerias com clínicas para controle populacional de cães e gatos durante audiência pública em Sorriso
1 de maio de 2025 – Atualizado em 01/05/2025 – 2:04pm
Com foco em soluções efetivas para o abandono e o bem-estar animal, a Câmara Municipal de Sorriso realizou, no dia 23 de abril, uma audiência pública que reuniu autoridades, protetores independentes, médicos-veterinários, entidades de proteção animal e representantes da sociedade. O destaque do encontro foi a defesa da parceria público-privada como estratégia para ampliar as castrações e conter o avanço populacional de cães e gatos em situação de rua.
Representando o Conselho Regional de Medicina Veterinária de Mato Grosso (CRMV-MT), o presidente Aruaque Lotufo Ferraz de Oliveira reforçou que o controle populacional é uma medida de saúde pública e que a atuação conjunta entre poder público, clínicas veterinárias credenciadas e a sociedade civil é fundamental. “A castração é a ação mais eficaz e humanitária para conter a superpopulação. O CRMV-MT apoia a ampliação de parcerias com clínicas como forma de garantir agilidade, segurança e responsabilidade técnica nesse processo”, afirmou.
Durante a audiência, protetores independentes relataram dificuldades no acesso às castrações para fêmeas em situação de rua, pediram reconhecimento institucional, apoio para transporte de animais, incentivo à adoção responsável e estrutura para acolhimento emergencial. A proposta de regulamentar a figura do cão comunitário também foi bem recebida.
A Prefeitura apresentou dados dos contratos firmados com clínicas veterinárias para prestação do serviço de castração, que somaram cerca de R$ 700 mil em investimentos nos últimos meses. A Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente anunciou ainda a intenção de implantar um sistema de microchipagem e cadastro de tutores, além de um programa de adoção com foco em propriedades rurais.
Ao final da audiência, ficou acordado que o município trabalhará na revisão da legislação vigente, com previsão de:
•priorização de castrações emergenciais;
•ampliação de parcerias com clínicas credenciadas;
•reconhecimento dos protetores independentes;
•regulamentação do cão comunitário;
•e captação de recursos via emendas parlamentares para fortalecer as ações.
A vereadora Silvana Perin, proponente da audiência, encerrou o encontro afirmando que a causa animal deve ser tratada como política pública permanente: “Não basta boa intenção. Precisamos de estrutura, recursos e continuidade para romper o ciclo do abandono com planejamento e humanidade”.